Dez anos de Engenharia Elétrica no IFSul

Em abril de 2007, no local que hoje é a sala de reuniões da direção do Campus Pelotas do IFSul, foi apresentado ao então Diretor-Geral do CEFET-RS o projeto pedagógico do primeiro curso de engenharia da instituição. O projeto foi bem recebido e se decidiu encaminhar para aprovação no Conselho Diretor e oferta no segundo semestre de 2007. Nascia ali o Curso de Engenharia Elétrica do Campus Pelotas do IFSul. Com a formatura da turma de 2017 a Engenharia completou dez anos de atividade como o maior curso de graduação da instituição e mais de quinhentos alunos matriculados. 

Capa da apresentação do PPC para a direção

Um antigo anseio institucional

A antiga ETFPel, hoje Campus Pelotas

No seu livro sobre a história da instituição, a professora Ceres Meireles conta que, já em 1963, um relatório de gestão da então ETFPel descrevia a oferta de graduações como “…um imperativo inarredável e uma espécie de imposição histórica.” Apesar dessa discussão ter se iniciado tão cedo e prosperado em outras escolas técnicas federais que se tornaram os primeiros CEFETs na  década de setenta, aqui ela so foi retomada na década de noventa. Houveram várias iniciativas ao longo dos anos mas foi apenas com a cefetização e a criação da UNED em 95 que a discussão sobre engenharias deu mais alguns passos. As primeiras propostas de cursos de engenharia foram feitas em 1995, se enviando ao MEC o projeto de uma Engenharia de Controle e Automação em 1996 que nunca chegou a ser implantada.

Os cursos superiores de tecnologia

O clima político, no entanto, era outro e favorecia os chamados “Tecnologos”. Em 2000 surge o embrião do que se tornaria a atual Coordenação de Engenharia Elétrica com a oferta do primeiro curso superior na área (Curso de Tecnologia em Telecomunicações -CSTST), seguida logo depois (2002) por um Curso Superior em Automação e Controle (CSTAI). Em 2003 as coordenações recebem sua primeira área no pavilhão Caldela (onde hoje fica o Mini 3, no terceiro andar). Logo após o reconhecimento e o destaque nas avaliações vieram as primeiras contratações específicas (2004/2005) e, em 2006, a consolidação do local da definitivo onde a coordenação fica até hoje.  A Engenharia Elétrica viria a herdar pessoal, equipamentos e área física dos dois cursos sendo, de fato, a sucessora dos dois. 

Transição de matrículas entre o fim dos tecnologos e a entrada da engenharia elétrica como sucessora de ambos.

A comissão de implantação

Em 2016 foi instituida uma comissão para estudar as diversas possibilidades de oferta de cursos de Engenharia na área Elétrica. Inicialmente a comissão estudava quatro possíveis especializações para o curso: Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica (Sistemas de Energia) e Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações. Com o andar dos trabalhos os projetos foram unificados e em março de 2007 a Portaria 071/2007 instituiu uma comissão única formada por doze professores e uma supervisora pedagógica. A comissão propôs um curso de engenharia generalista em que permitisse ao aluno elaborar diversos percursos formativos. A proposta, aprovada pela Resolução 11/2007 do Conselho Diretor dando um desfecho ao antigo desejo da instituição. Nas palavras da professora Ceres em seu livro sobre a história da instituição:

“Anunciada solenemente a comunidade  regional no dia 16 de abril, em evento realizado na Sala dos Servidores do CEFET, é o acontecimento que se destaca como emblemático na medida em que sinaliza para a consolidação do processo de verticalização da Educação Profissional, preconizada pelos princípios básicos dos Centros Federais de Educação Tecnológica.”

Com a abertura do primeiro processo seletivo para o curso no segundo semestre, a comissão foi tornada Comissão de Implantação do Curso, elegendo o seu primeiro coordenador o professor Claudio Enrique Fernandez Rodrigues.

A primeira formatura e a tradição de desempenho

No inverno de 2012 formou-se a primeira turma do curso. Esses primeiros egressos também foram os primeiros a participar de uma avaliação ENADE naquele mesmo ano logrando a mais alta média entre as engenharias da área no país. O fato foi registrado em placa comemorativa em frente a sala dos professores. 

Nos anos subsequentes o desempenho do curso foi novamente testado em mais duas avaliaçlões do ENADE e visita in loco tendo mantido-se como um dos melhores cursos de Engenharia Elétrica do estado e da Rede Federal de Educação Tecnológica. Essa boa reputação em muito colaborou para o crescimento do curso.

O curso, em grande parte, ocupa hoje o terceiro andar do Pavilhão Caldelas, desenvolve pesquisa e extensão com os Arranjos Produtivos Locais e planeja seus próximos passos no apoio a formação e ao desenvolvimento tecnológico da região e do país.

Matéria do Diario da Manhã registrando o destaque na avaliação do curso.

Fazendo parte dessa história

Marcando o décimo anivers´ario do curso inicicou-se uma série de atividades a fim de marcar a data, além de se começar a pensar e preparar o curso para as próximas décadas. Além da reformulação do PPC e dos planos de consolidação de área física e da expasão da pesquisa e pós-graduação na coordenação se iniciou uma série de iniciativas a fim de alcanças e acompanhar nossos ex-alunos. Todo aluno formado pela Engenharia Elétrica é convidado a participar de nosso livro de memórias. Um esforço também foi feito a fim de garantir que todo o acervo de Projetos de Fim de Curso de nossos alunos esteja a disposição como parte do catálogo online da biblioteca. Além disso uma página de egressos foi desenvolvida para permitir a todos manter um canal com o curso. Para atualizar suas informações de contato e nos dar um retorno sobre sua experiência no mundo do trabalho nos mande uma mensagem e deixe o resto conosco. 

Livro de memórias do curso
Instruções para PFC online
Material gráfico, selo dos dez anos e novo logotipo
Atualizar dados, contato e formulário de egressos