
O projeto vem sendo desenvolvido desde 2017 como iniciação científica. A motivação para realização do projeto se deu através da descrição, pelo professor de tênis Leonardo Oliveira, do problema do recolhimento de bolas de tênis que ficam espalhadas pelo chão durante aulas de tênis e treinamentos. Estima-se que, no final de um dia de treino, o movimento do técnico e auxiliares para recolher a bola do chão seja repetido até 10000 vezes. Geralmente, para isso, utiliza-se um cano de PVC adaptado. Mesmo assim, o trabalho de recolhimento é manual, interrompe a orientação do atleta, leva algum tempo, é repetitivo, monótono e estafante. Quando um auxiliar faz o recolhimento, sem interrupção do treinamento, há risco de alguma bola de tênis atingi-lo com grande velocidade.
O veículo autônomo foi especificado, nos projetos de iniciação científica, como um pequeno robô móvel, com um dispositivo capaz de recolher as bolas de tênis do chão de forma autônoma, com visão computacional executando o trabalho sem provocar acidentes. Assim, o projeto passa pela construção de um chassi adequado, com um mecanismo de recolhimento de bolas, acionado por bateria, com controle manual e autônomo, com visão computacional para identificação de bolas de tênis e evitar obstáculos, com algoritmos de movimentação segura. O projeto é tido como uma plataforma para o aperfeiçoamento local do know-how na área dentro da Engenharia Elétrica e deve levar a inovações que tem potencial aplicação aos desafios da manufatura moderna (Industria 4.0).



O projeto de construção do veículo é coordenado pelo professor Cláudio Machado com a participação dos professores Mauro André Barbosa Cunha, Fabiano Sandrini Moraes e Vinicius Nizolli Kuhn, todos orientadores membros do GPAC – Grupo de Pesquisa em Automação e Controle. O projeto mecânico e a construção do protótipo foi realizada por alunos do Curso Téncico em Eletromecânica, Otávio Pintado Ferreira, Bruno Pintado Ferreira, Bruno da Silveira Santos Sinnott e Bruno Sigal Soares. Os alunos da Engenharia Elétrica Rodrigo Borges Tavares, Orhan Bittencourt Fernandes da Silva e Oscar Schmitt Kremer foram responsáveis pelo modelamento matemático da cinemática e dinâmica, projeto teórico de controlador, produção de circuitos eletrônicos de acionamento e comunicação, algoritmos aquisição de imagens e de visão computacional para identificação de bolas de tênis e algoritmos de inteligência artificial.
O projeto ainda está em desenvolvimento e o protótipo atual está em exposição nessa segunda feira, dia 17, a noite, no estande do IFSul.
Mais informações sobre esse e outros projetos sendo desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Automação e Controle (GPAC) podem ser obtidas através da página do grupo.